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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O amor é para poucos

O Aurélio apresenta seis significados distintos para uma palavra gramaticalmente classificada como substantivo, um termo que hodiernamente, adquiriu enorme frivolidade e descrença, por um simples motivo: a sociedade está habituada a fazer uso desse vocábulo de maneira inverídica.
Enfim, você possivelmente já deve saber a palavra/termo a qual faço referência, o amor. Conforme o dicionário, ele é descrito subsequentemente como: um sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem OU um sentimento de dedicação absoluta a outro, ou a uma coisa OU inclinação ditada por laços de família OU inclinação sexual forte por outra pessoa OU afeição, amizade, simpatia OU objeto do amor. Etimologicamente o amor emana do latim (amma - voz infantil para chamar a mãe e o sufixo or - que faz referência a calor, fervor, etc.), os gregos, porém, enobrecem quatro sentidos e termos distintos para o vocábulo amor.
Depois dessa pequena erudição, enceto um questionamento a respeito disso que a sociedade chama de amor, meninas de 10 anos dizendo que nunca mais encontrarão sentido na vida, porque perderam o que elas mesmas chamam de "amor da minha vida", pessoas que encontram o verdadeiro amor milhões de vezes por amo, relacionamentos descartáveis, que hoje um diz ao outro: "eu te amo para sempre", amanhã terminam o namoro e no dia seguinte encontram um "novo amor" - sinceramente, isso não é amor, nem paixão, nem gostar, isso é CARÊNCIA, sim, CA - RÊN - CI - A, as pessoas estão cada vez mais carentes e sozinhas, por isso elas sonham com um amor verdadeiro, mas isso não significa que elas possuam discernimento a respeito dos seus próprios anseios, de veras, o que acontece é justamente o oposto, as pessoas fazem questão de permanecer numa penumbra e pensam que "tudo que reluz é ouro", mas não é, e no fim de cada relacionamento descartável, está um coração que anseia em demasia por um amor, que muitas vezes não existe e nem vai existir, porque essas pessoas estão presas em uma caverna e só conseguem enxergar alegorias, é triste, mas é a realidade de muitos. Porém, ainda existem poucos, que pensam que o amor é para pouquíssimos, talvez o amor não seja nem para eles mesmos, mas, eles sabem que o amor existe.


Luana de Sousa

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